Meios De Comunicação


 “O homem é um ser que se criou a si próprio ao criar uma linguagem. Pela palavra, o homem é uma metáfora de si próprio.(Octavio Paz)

Será que está na altura do Homem admitir que esta jornada se trata apenas de uma busca incerta de prazer instantâneo, fonte de uma felicidade momentânea?
Quiçá o desejo de viver tudo fogosamente resume-se depois em memórias, umas que nos fazem rastejar arrependimento, e outras que nos levantam por mais fundo que tenhamos chegado deixando sempre um rasto de saudade.

Perante tanta miséria os meios de comunicação foram a luz ao fundo do túnel, um caminho fácil e simples capaz de nos distrair da realidade que nos rodeia, muitas vezes desagradável. Uma espécie de refúgio da sanidade mental e da solidão, permitindo pôr de parte o raciocínio e a reflexão, destacando-se na vida de todos que buscavam um entretenimento divertido. Contudo sempre acompanhadas com a tão meritória informação não só da realidade à nossa volta como aquela que aparenta estar muito longe. Muitas vezes uma fonte de ilusão satisfatória ou de uma miséria melancólica.

Perante uma sociedade destinada a um prazer artificial, o consumismo tornou-se um meio para a propagação de uma satisfação superficial. E os meios de comunicação reforçam cada vez mais isso, para além de darem soluções falsas a problemas que muitas vezes criam, são também capazes de criar ideais de beleza e perfeição seguidas e apoiados por mentes fracas.

Corrupta e manipuladora, só fica cego quem quer! É visível também uma enorme falta de conteúdo, os meios estão lá, mas falta a essência.

De forma mais geral os meios de comunicação criaram uma forma mais simples das pessoas se conectarem entre si, tornando também a audiência de certa maneira mais culta, com um conhecimento amplo e mente aberta. Contudo nos dias de hoje os meios dificultam o proveito que podíamos ser capazes de tirar.

Somos nós que permitimos que isto aconteça, o nosso interesse tolo pela vida dos outros deixa-nos inferiorizar e permite a existência destas limitações desnecessárias.

Os meios de comunicação usam o seu poder muitas vezes para expor as imperfeições, acabando por não dar valor a nada, e com isso começam a faltar as bases da comunicação, do reconhecimento, da diversidade que deveriam de ser os ideais destes meios para além disso o excesso de informação inútil ou falsa origina um decréscimo de confiança, credibilidade e interesse por parte do público.

Sem dúvida alguma, os meios de comunicação inovaram não só a nossa maneira de agir como também de pensar, e ao longo destes anos tentam acompanhar a inovação e a evolução social, por outro lado é indiscutível que deve haver espaço para tudo e todos, e somos nos que escolhemos o que apoiar e aderir. Contudo a falta de essência pode tornar-se uma fonte de atraso e criar uma falta de interesse por parte do público que espera diversidade, informação e riqueza dos meios de comunicação!                                                                                                                                                                                                               
                                                                                                                                                                                   Ricardo Queirós
                                                                                                         

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