Porque ontem te esqueceste dela no caminho.
Lamentas o erro com o corpo
E eu alinho...
Faz um ano que a rosa ainda lá está
Mas hoje só lá resta o espinho.
Faz um ano em que o brilho extinguiu.
Dos lábios o sabor deixava a desejar.
E o coração nunca mais ninguém o viu.
Levaste tanto contigo. Tu mal sabes...
Carregas amor que não deixaste perfurar
Esse corpo ingrato que bate por dois
O teu coração vazio... e aquele que acabaste por me tirar.
Tens a mão em ferida dos espinhos que foste buscar
E juntavas um a um com cuidado
Na esperança de com uma nova rosa te conseguisse
desculpar.
As tuas lágrimas regavam a flor que nunca nasceu
Porque se alimentava da tua dor
E nunca do desejo de fazer renascer o amor que morreu
Engolia as tuas lamentações... a tua falta de vida.
Os teus sorrisos que escondiam a perda
De alguém que realmente te fazia sentir vivida
Por ti transformei palavras de desejos em realidade
Mas nunca leste as entrelinhas
Perdeste o teu sorriso mágico, o teu brilho no olhar.
Perdeste aquilo que não davas valor enquanto tinhas.
A rosa tenho a eu
Não para a dar a quem a perdeu
Não para dar a alguém mais
Porque nunca ninguém mais a mereceu
A rosa tenho a eu
Mas vesti-a na pessoa errada
E se eventualmente surgir alguém...
Tem de haver algo melhor que a rosa
Agora que a rosa não é nada.
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