A tua cruel tristeza ligada à pura lucidez que te oprimiu
ao ponto de abrires mão a quem te amava para nunca mais teres de amar alguém,
esse medo de sentir que te levou ao mais profundo abismo que a minha ausência
tanto teima em não fazer nada.
O mundo tornou-te incapaz de suportar qualquer tipo de
vinculação e para tal converteste a dependência afectiva numa ausência total de
emoções.
Quanto a mim, ainda me restam as memórias que tu tanto
forçaste em apagar e que me transformaram num monstro solitário, vivendo
apenas daquilo que tu foste mas que já não és.
É em vão a minha tentativa de transformar a saudade em
ódio, inútil o esforço em esquecer a altura em que me senti mais vivo do que
nunca…no entanto não é em vão tentar chegar a ti, uma última vez… corri!
As lágrimas escorrem-me o rosto, eu quero-te mais que
tudo, acorda dessa penumbra realidade que criaste, larga o passado e deixa-me entrar no presente…
-Quem é?- Esta voz suou-me no vazio inconsciente!
Cheguei… já era tarde demais!
Comovente e profundo! Adorei
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