Voam os carros movidos à agua do mar
E os meus olhos perderam-se de novo nos braços
Os braços que me fazem caminhar...
O monte de esterco é nos servido em prato raso
Sentados na mesa de seda comprida do restaurante
Nus para aquecer o frio do corpo
Sorrindo em prol desta felicidade angustiante!
Bebe-se a poeira gelada servida em caneca quente
E as plantas ressonam em harmonia
A vela apagada ilumina a noite escura
Que crua a ilusão... que real a mais pura fantasia!
Que romântica a flor murcha no canto da casa
Onde o silêncio habita ao som do rebuliço
Os meu ouvidos vêm a penumbra mais clara como nunca
Enquanto os meus olhos saboreiam o pão com chouriço
Os peixes nadam no licor da terra
Enquanto uivam ao luar observador
Perco-me na surdez do tacto
Doente é aquele que procura a cura no amor
Eu sei quem não sou
Conheço quem nunca conheci
Levanto-me finalmente para dormir...
Que avessa a realidade em que me meti....
0 comentários:
Enviar um comentário